A magia da literatura na sala de aula: porque contar histórias é semear encantamento e aprendizado
- Luciana Estevão
- 11 de set.
- 3 min de leitura
Atualizado: 17 de set.
Oi, professora! Você já reparou em como as crianças ficam em silêncio e com olhos brilhando, quando uma boa história começa a ser contada? Apesar de parecer simples, esse momento é, na verdade, uma das experiências mais ricas que podemos oferecer na Educação Infantil.
Contar histórias não é só preencher um tempo da rotina ou entreter as crianças. É semear encantamento e aprendizado ao mesmo tempo em que criamos laços, cultivamos valores e abrimos portas para a imaginação.
Neste artigo, quero te inspirar a olhar para a literatura como uma aliada poderosa no desenvolvimento das crianças e te mostrar caminhos práticos para incluir esse momento no seu dia a dia.

1. Por que contar histórias vai além do entretenimento?
Histórias não são “extras” na rotina. Elas são parte essencial da infância, porque:
ampliam o universo da criança, oferecendo novas palavras, imagens e significados.
criam conexão afetiva, aproximando professora e turma em momentos de escuta e partilha.
formam valores e caráter, ajudando a construir referências éticas e culturais desde cedo.
Cada história contada é também um gesto de cuidado: quando a criança se vê na narrativa, sente-se acolhida e pertencente.
2. O que acontece no cérebro da criança quando ela ouve histórias?
A ciência já comprovou: ouvir histórias é um verdadeiro exercício para o cérebro infantil. Essa experiência:
ativa múltiplas áreas ao mesmo tempo — linguagem, memória, imaginação.
estimula a neuroplasticidade, fortalecendo conexões sinápticas e favorecendo a aprendizagem.
libera dopamina, que associa prazer ao aprendizado e mantém a atenção.
Ou seja: Contar histórias é mais do que formar leitores. É nutrir o cérebro para aprender com mais qualidade e alegria.
3. Histórias que organizam pensamento e emoções
As narrativas funcionam como mapas para a vida. Elas ensinam a criança a organizar ideias, compreender sequências lógicas e exercitar o raciocínio.
Além disso, provocam empatia: quando a criança acompanha o desafio de um personagem, aprende a reconhecer sentimentos, interpretar situações sociais e desenvolver sua inteligência emocional.
Contar histórias é, também, ensinar a sentir.
4. A voz e o corpo da professora: instrumentos mágicos
Você não precisa ser atriz para contar bem uma história. Mas a sua voz e o seu corpo são instrumentos poderosos de encantamento.
O tom e o ritmo dão vida ao enredo.
As pausas estratégicas despertam curiosidade.
Os gestos e expressões transportam as crianças para dentro da narrativa.
Mais do que “perfeição”, o que encanta é a autenticidade. Quando a professora se envolve de verdade, a turma se envolve junto.
5. Como incluir histórias no cotidiano da sala?
Não é preciso esperar a roda oficial de leitura. Toda hora é hora de história!
No momento da chegada, para acolher.
Na fila, para transformar espera em aprendizado.
Antes do descanso, para acalmar.
No fim do dia, para marcar despedidas.
Criar uma rotina de histórias fortalece o hábito de escuta, o amor pelas palavras e a memória afetiva da turma.
6. Dicas práticas para contar histórias inesquecíveis
👉 Escolha com propósito: Selecione narrativas que dialoguem com a realidade da sua turma.👉 Use recursos: Objetos, fantoches, imagens e músicas podem enriquecer a experiência.👉 Treine sua performance: Pratique entonação, pausas e gestos para manter a curiosidade viva.👉 Valorize o simples: Às vezes, só a sua voz já é suficiente para encantar.
Conclusão: Cada história é uma semente!
Contar histórias é plantar sementes que germinam em forma de imaginação, criatividade, afeto e aprendizagem. É oferecer às crianças não apenas conhecimento, mas também segurança, pertencimento e encantamento.
Não espere o momento perfeito, a história ideal ou o recurso mais elaborado. Comece hoje. Escolha um conto, abra sua voz e deixe a magia acontecer.
Com carinho,
Prof. Lu Estevão
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